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TCE-MS encerra Novembro Azul com palestra sobre o câncer de próstata e saúde do homem

25/11/2016 00:00   Educação   Olga Mongenot   Roberto Araújo


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Após o mês de outubro ter sido marcado pela campanha de mobilização para prevenção ao câncer de mama, agora é a vez dos homens. Como o mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) promoveu na tarde desta sexta-feira (25), uma palestra com o tema: “Homem prevenido vive o melhor da vida”, ministrada pelo médico urologista, Fernando Coutinho Pereira. Muitos servidores participaram do evento realizado no auditório da Escola Superior de Controle Externo (Escoex) que marcou o encerramento da campanha “Novembro Azul”.

O médico Fernando Coutinho abordou em sua apresentação sobre os problemas que levam o homem adquirir o câncer de próstata, bem como a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Segundo ele o exame preventivo traz um benefício maior, com a cura da doença, do que a dor provocada pelo toque retal. Utilizando-se de uma série de ilustrações, o médico urologista obteve a participação dos servidores presentes, que apresentaram dúvidas e questionamentos sobre o que é mito ou verdade sobre a doença. De acordo com o urologista ter hábitos saudáveis como uma alimentação adequada, com frutas e verduras associada a uma atividade física regular diminuem muito o risco da doença.

Fernando Coutinho ainda falou sobre a saúde do homem abordando outras doenças comuns na comunidade masculina, como a disfunção erétil e tirou dúvidas sobre o procedimento da cirurgia de vasectomia. Ele lembrou que, por uma questão cultural, o homem é tradicionalmente avesso à realização de consultas médicas e exames e, por isso, muitas vezes o diagnóstico é feito tardiamente. O médico ainda falou que essa realidade tem mudado nos últimos anos e que alguns homens estão procurando cuidar da saúde: “Devido às diversas campanhas expostas nos meios de comunicação esse quadro tem mudado e os homens começaram a procurar realizar seus exames periodicamente”.

Câncer de Próstata - é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países desenvolvidos. Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.

A próstata é uma glândula que só o homem possui, localizada na parte baixa do abdômen. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. Ela produz cerca de 70% do sêmen, e representa um papel fundamental na fertilidade masculina.

Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde para realizar exames de rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar o médico, que indicará os exames necessários.

Exames - O toque retal é o teste mais utilizado e eficaz quando aliado ao exame de sangue PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela próstata, o que seria um indício da doença. Para um diagnóstico final, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia da próstata.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens com 45 anos de idade ou mais façam um exame de próstata anualmente, o que compreende o toque retal feito e o PSA. Segundo especialistas, o toque retal é considerado indispensável e não pode ser substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom, por exemplo.

Tratamento - Caso a doença seja comprovada, o médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um. (fonte: https://www.sbu.org.br/).